terça-feira, 16 de abril de 2013

Um professor que ama sua profissão.

                    O Professor, tenta em seu laboratório/sala de aula trans  jovens desinteressados                                                pelo estudo em alunos com visão objetiva e  com garra para enfrentar o futuro.


Nivaldo Meirelles é um professor que adora ser professor, não se imagina em outra profissão.O fascínio pela arte de ensinar aumenta quando ele recebe visitas, em seu laboratório, de ex-alunos que contam como suas aulas estão servindo de base nos estudos universitários. Nivaldo leciona Biologia, desde 1996, no Centro de Ensino Médio Santa Rita de Cássia, localizada no Jardim Aureny I, em Palmas, e foi a partir das experiências na sala de aula que ele escreveu o livro “Alquimia da alma”.
O alquimista em questão, o professor, tenta em seu laboratório/sala de aula transformar jovens desinteressados pelo estudo em alunos com visão objetiva e com garra para enfrentar o futuro. Nivaldo faz a diferença em sala de aula pelo seu modo de ensinar. Ele comenta que o conteúdo é inalterável, mas a maneira de repassar o conhecimento é o que conta. Em uma aula sobre as estruturas moleculares, além de mostrar em banneres, os conceitos, o processo de formação e desintegração de uma célula, ele montou com os alunos um roteiro do que era necessário para isolar o DNA de uma cebola. Neste caso, explicou a influência dos elementos físicos (temperatura) e químicos (detergente e sal), para que a tal experiência desse certo. “Na ciência qualquer oscilação de produtos ou tempo faz a experiência não dar certo, portanto precisamos do quesito paciência”, frisa Nivaldo. Além de aprender a isolar o DNA, os alunos aprenderam que o tal elemento carrega na sua essência as características específicas do produto.
O professor
Nivaldo Meirelles nasceu em São Paulo, escolheu morar no Tocantins pela perspectiva de crescimento profissional, e veio para cá em 1996. Além de professor é palestrante, escritor e pesquisador sobre as novas maneiras de inovar uma aula. “Sou muito feliz, faço o que gosto. O professor precisa ser dinâmico e transformar suas aulas num processo de comunicação interativa”. O professor tem um blog  no qual divulga seu livro e exercícios de Biologia, além de ter seu perfil no Facebook.
A galinha e a águia
O que o professor aprendeu ao longo dos seus anos em sala de aula, é que os alunos, em sua maioria, chegam à escola sem perspectiva de futuro, com visão limitada e reducionista do mundo. Além dessa falta de visão vivem ciscando as sobras da vida. “A galinha na verdade é sem futuro, mas também sem presente, vive invisível pelos quintais e ruas sem que a notemos de forma singular. Com certeza sem passado, pois ao morrer não deixa uma marca significativa de sua passagem por este mundo”, analisa o professor. “A águia quando nasce já percebe o mundo de cima, é uma ave superior. A jovem águia aprende desde cedo a ver o mundo com uma perspectiva superior, olha o mundo e as coisas de cima para baixo. Pessoas assim têm problemas, mas sabem transformar os desafios em oportunidades. Com a águia se aprende que em certo tempo se vive em conforto, depois, a mãe águia vai retirando do ninho, os elementos confortáveis e deixa os filhotes, sem opção, eles aprendem a voar em busca daquele conforto que tinha outrora”, complementa.
Á águia, como explica Nivaldo, tem visão objetiva e estratégica, é capaz de fazer planos para alcançar seus objetivos. “Nossos jovens deveriam buscar esta visão de águia capaz de levá-los a ver o que uma galinha jamais ousou sonhar ou imaginar. Ir mais longe, com mais profundidade e mais objetividade”. Fazendo essa analogia de como se comportam os alunos, Nivaldo descobriu que além de ser professor de Biologia, tem que olhar os alunos como seres complexos, e sua tarefa principal é trabalhar o dinamismo e a auto estima para que eles se sintam motivados a seguir em frente na luta por uma vida melhor e um futuro profissional de sucesso.
Resultados
Khemagutch Pereira Silva, 15 anos, aluno do 1º ano do ensino médio do CEM Santa Rita, é músico e sua área é o ritmo e o som, tem consciência da importância do estudo na sua vida, acha as aulas de Biologia dinâmicas, o que facilita a sua compreensão por uma disciplina carregada de palavras difíceis. Dandara Maria Barbosa Silva, 14 anos, também matriculada no 1º ano, gosta dos recursos que o professor utiliza na sala de aula. Ela já escolheu ser engenheira civil ou arquiteta, pois gosta de Matemática, e ressalta que a escola tem que ser interativa e dinâmica como é a vida dos jovens nesta era da tecnologia.

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